Eu te repudio!

A cada dia que passa as aulas de Pragmática vão ficando mais interessantes. E engraçadas.

Lembra da novela "O Clone"? (Isso sou eu que estou falando, não a professora)
Algumas vezes, no núcleo da família árabe, o marido ameaçava dizer à esposa três vezes a frase "Eu te repudio!" e a esposa ficava desesperada.
Na tradição árabe, os homens podem se casar com até não sei quantas mulheres. O único meio de a esposa se divorciar do marido é se ele disser a ela "Eu te repudio! Eu te repudio! Eu te repudio!" (três vezes).

A minha professora comentou sobre um filme hollywoodiano da década de sessenta (que eu não vou lembrar o nome agora) que contava a história da esposa de um árabe que, apaixonada por outro homem, queria se divorciar do marido (um velho ranzinza e muito mau). Detalhe: segundo a tradição, a morte do marido não liberta a esposa para se casar com outro, ela tem de ser fiel mesmo ele estando morto.
Um dia deu um pirepaque no velho e ele ficou muito mal, muito próximo de morrer. A mulher ficou desesperada, porque queria ficar livre dele logo pra casar com o amante bonitão. O velho, moribundo, chamou a esposa para bem perto dele, já que mal conseguia falar.
Eis que um raio de bondade passa pelo velho e ele fala:
- Eu te repudio! Eu te repudio... - E MORRE!!!
A moça olhou ao redor. Havia outras pessoas, mas o velho falou muito baixo. Se ela falasse que o velho pronunciou três vezes "eu te repudio!" todos acreditariam. Assim ela ficaria livre para se casar com o bonitão. Mas e a consciência?

E aí? O que aconteceu?